Perguntaram-me um dia:
– E se fores à…
– Não, não vou! – respondi logo, seco, seguro.
Continuaram, de olhos pasmados da resposta:
– E se fores à biblioteca?
Não! Nem vou imitar sequer o poeta!
Não, não vou dizer que Jesus Cristo era feliz e não consta que tivera biblioteca.
Não, não contem comigo!
Eu não copio ninguém!
Eu, eu mesmo, digo, escrevo e proclamo:
– Não, não vou. Não gosto!
Nem desta, nem daquele nem da que está para vir!
Não é por isto, nem por aquilo, nem por outra coisa qualquer!
Não é por nada que não gosto de bibliotecas, muito menos da da escola.
Porquê? Ainda perguntam porquê?
Querem a resposta?
Toda a gente quer saber os porquês?
Porquê?
Ai querem saber o porquê? Cá vai:
– Porque sim… Ou, se preferirem, porque não!
Não me peçam o porquê. Não gosto e pronto.
Se já lá fui? Ainda perguntam?
Querem a resposta? Não, não fui!
Porquê? Outra vez porquê? Porque não gosto!
Porquê? Insistem?
Não vou lá, pronto, já disse.
Não é por isto, nem por aquilo: não vou e basta! Basta, já disse!
Bibliotecas?
Era de bibliotecas que falávamos?
Deixa cá ver: o que é isso?
Ninguém responde? O que é isso?
Fugiram todos!
E se…
Outubro de 2018 – Mês internacional das Bibliotecas
Agrupamento de Escolas de Ponte de Lima