Publicamos nova reacção. É conhecida a frase que “uma imagem vale mais do que mil palavras”, mas neste caso valem o mesmo. É com elas que ensinamos a ler imagens e, mais difícil ainda, a realidade.

Quem esmaga o quê de quem? Quem se deixa esmagar e onde se deixa esmagar e por quem, e o que o leva a deixar-se esmagar?

O desenho apresentado leva-nos a pensar. Infelizmente, quando se faz a pergunta, em democracia, vemos que nos esmagam aqueles que foram eleitos.

Se têm razão para esmagar, certamente Pablo Picasso diria que a história se repete. Mas repete-se em contextos diferentes. A guerra civil espanhola foi uma coisa. Esta é outra guerra. Picasso não iria perceber. Eu também não percebo: a economia e as finanças esmagam uma política dita democrática? O quê? A economia esmaga a política e a democracia? O quê? Não há empregos para a gente nova, nem para os menos novos, e criam-se lugares de poltrona para os afilhados, e lugares de cadeira para outros a quem o trabalho faz mal, porque outros lhes dão rendimento?

Política significa arte de saber fazer. A arte e a disposição de construir aquilo que foi proposto e bem assinalado e relevado e revelado.

Nada contra ninguém, também nada a favor de ninguém.

Mas num país onde a economia e as finanças mandam que os políticos esmaguem quem os elegeu parece mesmo uma guerra civil entre os eleitos e os eleitores.

Está sentado a ver a banda passar?

Levante-se, devagarinho, é claro, mas levante-se.

Não goze com quem trabalha. Está na sua cadeira de poder, sem saber o que fazer? Levante-se e não esmague quem seriamente contribui com os seus impostos. E pense até que a cadeira do poder tem rodinhas.

Quem terá escrito isto? Eu!

Quem te disse?

Quem perguntar isto não sabe ler uma imagem. Obrigado.

José Manuel Araújo